07/08/2014
Ganho real de 72,3% no salário mínimo contribuiu para melhorar a qualidade de vida do trabalhador durante os governos Lula/Dilma
Escrito por: Agência PT de Notícias, com informações do Portal Brasil
O Relatório Global
sobre os Salários 2012/13, da Organização Mundial do Trabalho (OIT), informa que
a média anual de crescimento do salário real no Brasil superou a média mundial
entre 2009 e 2011.
No mundo, os
salários cresceram 1,3% em 2009; 2,1% em 2010 e 1,2% em 2011. No Brasil, os
níveis atingiram quase o dobro: 3,2% em 2009, ano da crise; chegando ao ápice em
2010, com 3,8%; e 2,7%, em 2011.
“Quando os salários
aumentam em consonância com o crescimento da produtividade estes aumentos são
ambos sustentáveis e estimulam um maior crescimento econômico face ao aumento do
poder de compra das famílias”, afirmou o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, ao
divulgar o relatório, na terça-feira (5).
Mínimo – Segundo a
OIT, o aumento real do salário mínimo tem contribuído para esse resultado e para
a melhoria da qualidade de vida do trabalhador brasileiro durante os governos do
PT, beneficiando diretamente cerca de 48 milhões de pessoas.
Desde 2003, o valor
do mínimo teve crescimento real (descontada a inflação) de 72,31%, de acordo com
o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese).
O relatório da
organização aponta que a manutenção do crescimento dos salários no País se deve
às políticas de valorização do salário mínimo e ao ganho de produtividade no
mercado.
A política de
valorização do mínimo começou a ser elaborada em 2006 e se consolidou a partir
de 2011, quando ficou definido que o salário mínimo do trabalhador brasileiro
seria reajustado, até 2015, com base na Lei n° 12.382, de 25 de fevereiro de
2011.
Pela regra, a cada
ano, o aumento corresponde à variação do Produto Interno Bruto (PIB) do ano
retrasado, mais a inflação do ano anterior medida pelo Índice Nacional de Preços
ao Consumidor (INPC).
O ganho também
impulsionou os ganhos obtidos pelos trabalhadores de diversas categorias, nas
negociações com os empregadores no ano passado.
Cerca de 95% das
685 unidades de negociação, analisadas pelo Sistema de Acompanhamento de
Salários (SAS-Dieese), conquistaram reajustes para pisos salariais das
categorias em 2013, acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Segundo o Balanço
dos Pisos Salariais Negociados em 2013, do Dieese, o valor médio dos pisos
salariais foi cerca de 9% maior, em termos nominais, que o valor médio observado
nas mesmas unidades de negociação em 2012.
Redução da
pobreza – A OIT também destaca a valorização de
salário mínimo como instrumento para a redução da pobreza. No Brasil, um salário
mínimo mais forte é uma das medidas mais citadas para explicar a redução da
pobreza, diz um trecho do relatório “2003 – Reparando o tecido econômico e
social”. O relatório destacou o crescimento de 16% da classe média entre 1999 e
2010. Segundo a OIT, isso ocorreu devido ao fortalecimento do salário mínimo,
entre outras ações.
Para o ministro da
Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Marcelo Neri, os mais pobres ganharam
mais renda nos últimos anos, com a renda dos 5% mais pobres tendo um crescimento
5,3 vezes maior que a dos 5% mais ricos.
O poder de compra
do salário mínimo é calculado pelo Dieese de acordo com os produtos da cesta
básica. Atualmente, essa relação é a maior desde 1979. Os produtos da cesta
básica e suas respectivas quantidades mensais são diferentes por regiões e foram
definidos pelo Decreto 399 de 1938, que continua em vigor.
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