terça-feira, 26 de janeiro de 2010

VISITA NA BASE


O SINDSUPER  FAZENDO VISITA PERIODICA NOS SUPERMERCADOS , OUVINDO  OS COMERCIARIOS , VERIFICANDO AS IRREGULARIDAES E CONDIÇÕES DE TRABALHO . DENUNCIE , NAO FIQUE SO FIQUE SOCIO

Um gargalo a ser resolvido

Um gargalo a ser resolvido



Publicação: 26 de Janeiro de 2010 às 00:00
A pouca diversificação da economia e a rotatividade nas empresas levaram o Brasil e o Rio Grande do Norte a cultivar um ambiente propício a empregos de baixa qualidade, com salários que em pouco superam o mínimo. A análise é de economistas e de analistas de mercado, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Brasil perde Zilda Arns, que ensinou a salvar crianças da desnutrição

Zilda Arns, que ensinou a salvar crianças da desnutrição
Escrito por Luciano Máximo e Maria Inês Nassif, de São Paulo – VALOR
14-Jan-2010
Tragédia: Coordenadora da Pastoral Internacional da Criança morreu no terremoto no Haiti. A médica Zilda Arns morreu no Haiti, onde estava para levar sua experiência da Pastoral da Criança, focada no aleitamento materno e na saúde infantil





Zilda Arns Neumann chegou para uma reunião de treinamento da Pastoral da Criança em São Paulo. Antes de começar a falar, botou no soro caseiro uma planta que já estava murcha. Na hora que terminou de conversar com os integrantes da comunidade carente que orientava, mostrou a flor aos presentes: ela recuperara o viço. Não raro, fazia isso também com crianças desidratadas: ministrava o soro caseiro nas que estavam sendo socorridas nos locais durante as conversas que mantinha com as mães. Até o momento final do treinamento, já era possível mostrar aos presentes o que o soro caseiro era capaz de fazer por uma criança.

A informação era a principal arma usada por Zilda para salvar crianças e mães na Pastoral da Criança, criada por ela em 1983, a pedido do irmão, o cardeal dom Paulo Evaristo Arns, e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Há dois dias, o terremoto que estremeceu o Haiti, deixando provável saldo de 100 mil mortos, dos quais pelo menos 11 militares brasileiros, também levou a vida da médica de 75 anos. Ela estava no país desde segunda-feira para encontro com religiosos locais. Fazia uma palestra numa igreja, quando ela ruiu. Sua morte foi lamentada por representantes de todos os segmentos da sociedade brasileira. Os governos federal e dos Estados de São Paulo e Paraná, entre outros, decretaram luto de três dias.

Emocionado com a perda daquela que foi a grande formuladora de um dos programas sociais com mais resultados no mundo, o padre Júlio Lancelotti, coordenador da Pastoral do População de Rua de São Paulo, lembrava, ontem, olhares e gestos de Zilda, aquela que viria a impor a Pastoral da Criança como uma obra sua, produto de sua dedicação, obstinação e apuro técnico – e, em especial, de uma enorme capacidade de comunicação com a população de menor renda. O êxito da campanha do soro caseiro, por exemplo, foi a soma da formação técnica e da capacidade de articulação da médica catarinense. "Ela explicava que o soro caseiro tinha capacidade de retenção no organismo 40% maior do que qualquer produto químico", diz Lancelotti. A campanha virou uma febre. Em todas as dioceses, foram distribuídas colheres de medidas para os ingredientes caseiros do soro – hoje um hábito incorporado no tratamento de crianças com desidratação.

Reconhecida como "Heroína Mundial da Saúde Pública" em 2002 pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), entidade da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doutora Zilda morreu no Haiti trabalhando para expandir as conquistas atingidas no Brasil. Espontaneamente, buscava multiplicar bons exemplos. "As palavras convencem, o exemplo arrasta", resume a líder comunitária potiguar Marluzia Pessoa, para quem não é preciso ir além desse dito popular para entender o legado de Zilda Arns, nascida em 25 de agosto de 1934, em Forquilhinha, em Santa Catarina, viúva desde 1978, mãe de cinco filhos – em 2003, perdeu a filha Silvia num acidente de carro. Em 26 anos de trabalho na Pastoral, a médica, especializada em saúde pública e pediatria, liderou um movimento que envolvia cerca de 260 mil voluntários no Brasil e em 20 países. Foi quatro vezes indicada para o Prêmio Nobel da Paz.

Esse exército do bem acompanhou de perto e ofereceu assistência em saúde e educação – muitas vezes cumprindo um papel que cabe ao Estado – a mais de 1,4 milhão de famílias pobres, mães, gestantes e bebês, e 1,8 milhão de crianças menores de seis anos, contribuindo de forma determinante para o combate à mortalidade e desnutrição infantil e materna no país. "Lembro da dona Zilda orientando os agentes comunitários a fazer o trabalho com amor, compaixão e, sobretudo, promovendo a cidadania das pessoas. Vamos levar para toda a vida o estímulo de sermos transformadores da realidade, anjos da guarda das famílias pobres", recorda Marluzia, que coordena o atendimento de 22 mil crianças por 4,5 mil voluntários da Pastoral da Criança do Rio Grande do Norte. "Suas palavras se foram, mas o exemplo fica."

Em São Paulo, o padre Júlio Lancelotti foi escolhido por dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo de São Paulo, para ajudar Zilda Arns a implantar a Pastoral da Criança no Estado, projeto que havia concebido e implantado, com êxito, em Florestópolis, na Arquidiocese de Londrina. Ela chegou num fim de semana, dia em que Lancelotti rezaria uma missa na Favela Sinhá, na Zona Leste da capital. "Ela ficou ao meu lado no altar e, com os olhos atentos e fixos, tentava assimilar detalhes de cada grupo."

Quando foram andar pela favela, padre Júlio reparou que Zilda absorvia, nas conversas, a linguagem do grupo, e assim se fazia entender na comunidade. Foi a doutora Zilda, conta o padre, que ensinou a ele o que sabe sobre aleitamento materno. São coisas que todo mundo sabe, ou coisas que, não fosse por Zilda, as comunidades pobres não saberiam – e sem essas informações valorizariam menos o ato de dar de mamar a uma criança. "Você sabia que, quando uma criança faz movimentos em direção ao braço da mãe quando está mamando, está massageando os seus neurônios?", pergunta o padre. Foi Zilda quem disse. E foi Zilda quem definiu, na linguagem popular, o tanto que o leite materno é importante, ao explicar que leite de mãe é vivo, e leite de mamadeira é morto.

A doutora Zilda era a mesma, em qualquer lugar que estivesse. "Ela convivia com pessoas importantes, como ministros e chefes de Estado, mas era do mesmo jeito que na favela", conta o padre. E era assim: não tinha pressa; sabia ouvir e falava muito – fazia parte de seu lado missionário dar ao interlocutor uma enorme carga de informações; era criativa – "cada treino era diferente do outro"; muito prática – "não tinha rodeios com as coisas"; e era extremamente teimosa: ouvia para formar opinião mas, uma vez formada, era muito difícil demovê-la.

Tinha uma enorme capacidade organizativa – e deve-se a ela o grande crescimento da Pastoral da Criança. Foi um projeto que atraiu recursos de diferentes governos porque funciona com custos baixíssimos, e bem. Foi por essas qualidades que o programa foi adotado em outros países.

"Ela era incansável, montou um dos maiores trabalhos comunitários do mundo em saúde pública e buscava extrapolar as fronteiras do Brasil", acrescenta a analista de países da Opas, a brasileira Lucimar Coser Cannon. Falando de Washington, ela se comoveu ao lembrar que intermediou o primeiro financiamento do governo federal à Pastoral da Criança, em 1985. "Naquela época, era o antigo Inamps [Instituto Nacional de Assistência e Previdência Social] que cuidava da saúde. Viajei com a doutora Zilda para conhecer os projetos da Pastoral no Amazonas e voltei surpreendida com sua atenção às pessoas, sua tenacidade para conseguir recursos e mobilizar pessoas. Ela era eminentemente uma educadora em saúde e falava a língua das comunidades."

Padre Júlio, durante toda a entrevista, teve que se obrigar a referir-se a Zilda no verbo passado. "Ela é…", dizia, para em seguida retificar: "Ela era". E, conta, ela tem… tinha "veneração" pelo irmão "dom Paulo" – ela se referia a ele com o "dom" na frente – que, por sua vez, tinha enorme orgulho da obra da irmã mais nova. Às 18h, Júlio Lancelotti e os seus auxiliares da Pastoral da Criança foram à missa na Catedral da Sé que rezaria por ela, pelo Haiti e pelos outros brasileiros mortos no terremoto.

O corpo de Zilda já está com o Exército Brasileiro no Haiti. Segundo a coordenação da Pastoral, não há data confirmada para o seu traslado até o Brasil, nem para o velório e o sepultamento da médica. Em entrevista na tarde de ontem, em Curitiba, Nelson Arns, filho de Zilda, informou que o corpo da mãe será velado na sede da Pastoral da Criança.

PROJETO PREVÊ QUE PERÍCIA TRABALHISTA SEJA FEITA SEM AVISO PRÉVIO

PROJETO PREVÊ QUE PERÍCIA TRABALHISTA SEJA FEITA SEM AVISO PRÉVIO

A Câmara analisa o Projeto de Lei 4648/09, do deputado Vicentinho (PT-SP), que determina a imprevisibilidade da perícia realizada em um ambiente de trabalho, com o objetivo de caracterizar as atividades insalubres ou perigosas.

Segundo a proposta, a perícia será realizada sempre sem aviso, independentemente de ser executada por auditor-fiscal, médico ou engenheiros registrados no Ministério do Trabalho e Emprego.

O projeto acrescenta a medida à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.452/43). Atualmente a CLT prevê que empresas ou sindicatos podem solicitar a perícia ao Ministério do Trabalho, o que não prejudica a realização de perícias não solicitadas.

Realidade

Vicentinho acredita que apenas a perícia realizada sem aviso prévio pode refletir as condições reais de um ambiente de trabalho ao qual os trabalhadores estão submetidos diariamente. Caso a atividade que realizem seja perigosa, os trabalhadores terão direito a adicional no salário.

"O fator surpresa é determinante para o sucesso de uma perícia. Perícias agendadas correm o risco de ter o resultado distorcido, pois propiciam às empresas a possibilidade de mascarar o ambiente de trabalho", afirma.

O deputado lembra ainda que hoje a imprevisibilidade da fiscalização é reconhecida pelo Regulamento da Inspeção do Trabalho (Decreto 4.554/02), que assegura ao auditor-fiscal do trabalho o direito de entrar nas empresas livremente, sem aviso prévio e em qualquer dia e horário.

Ele observa, porém, que nem sempre a perícia é realizada por auditor, mas também por médico ou engenheiro do trabalho, que não estão subordinados ao Regulamento da Inspeção do Trabalho.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Essa notícia foi publicada na Agência Câmara, em 04/01/10.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Proposta para a criação da Rede Brasileira de Saúde-Trabalho-Ambiente (CESTEH / ENSP / FIOCRUZ)

O Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador (Cesteh), Departamento da Escola Nacional de Saúde Pública, unidade da Fundação Oswaldo Cruz/Ministério da Saúde, em parceria com o Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente, representado pela sua Área Técnica, a Coordenação de Saúde do Trabalhador (Cosat), propõe a organização de uma REDE BRASILEIRA DE SAÚDE DO TRABALHADOR E MEIO AMBIENTE (Rebrast).

A atual conjuntura mostra uma evolução favorável para a Saúde do Trabalhador brasileiro. A começar pelo aumento significativo da oferta de emprego, foram criados 2.096.970 novos empregos entre outubro de 2007 e setembro de 2008, e redução da concentração de renda, com aumento da participação dos segmentos de menor renda no PIB.

As Centrais Sindicais existentes no ano de 2008 foram reconhecidas legalmente como instrumentos de representação e organização dos trabalhadores, uma conquista histórica do Brasil.

No setor saúde, foram realizados avanços: a Cosat vem recebendo dotação orçamentária com incrementos significativos nos últimos anos (exceção ao ano de 2008), em grande parte destinados à implantação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast), já constituída em 167 Centros de Referência, ao treinamento de profissionais especializados etc.

No Brasil predomina ainda a ocultação do quadro grave de doenças e lesões geradas no processo de trabalho. Entretanto, já se desenha uma inversão com o início das notificações obrigatórias no SINAM e com os números triplicados de benefícios acidentários concedidos pela Previdência Social graças à implantação do Nexo Técnico Previdenciário (NTEP) a partir de 2007, que inverte o ônus da prova em relação à afirmação da causalidade desses agravos. Contudo, o aspecto principal, que será a correção dos riscos na fonte, isto é, no processo de trabalho nas empresas, depende ainda de muitas medidas, dentre elas a implantação do Fator Acidentário Previdenciário (FAP), que tem o objetivo de fazer retroagir sobre as empresas com maior ocorrência de lesões e doenças do trabalho o ônus financeiro, por meio dos ajustes das alíquotas do Seguro de Acidentes de Trabalho.



O Papel da Rede

Propõe uma Rebrast que integre, de modo cooperativo, as instituições e os trabalhadores organizados nas Centrais Sindicais (CS), no sentido de constituir uma rede ativa, atuante em encontrar solução para as demandas, para unir as pontas da necessidade com o provimento da solução.

Conhecer, registrar, integrar serviços profissionais individuais e institucionais, públicos e privados e ainda do terceiro setor em todas as áreas técnicas e do conhecimento, da saúde, das engenharias, do direito, das ciências sociais e do meio ambiente, da comunicação, dos representantes políticos, de modo a permitir a recomendação de alternativas de solução para o que se fizer necessário na área. Pretende-se criar instrumentos que orientem os trabalhadores em suas lutas de várias formas, armazenando e disponibilizando registros de experiências de lutas e enfrentamentos – de êxitos e insucessos – que sirvam como subsídios para os demais trabalhadores e entidades sindicais. Ambos podem ensinar.

Um dos principais e mais importantes da Rede será a montagem de um Portal Web. Pretende-se criar uma ferramenta de integração transparente, atualizada e com acesso diferenciado para diferentes perfis de usuários, oferecendo acesso a informações úteis para o objeto de interesse da Rede, mas que não seja apenas uma biblioteca on-line de documentos.

A criação do Observatório de Saúde do Trabalhador tem a proposta de catalisar o atendimento das demandas na área de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente pelos serviços do Sistema Único da Saúde – SUS, por intermédio de suas unidades assistenciais, laboratórios, serviços especializados, Centros de Referência em Saúde do Trabalhador, Universidades, especialistas conveniados, credenciados e todo tipo de recursos próprios ou complementares da rede do SUS.



Como criar o Observatório

Propõe-se a organização de uma Primeira Oficina Nacional da Rede a fim de ser programada de comum acordo entre as Instituições participantes e todas as Centrais Sindicais reconhecidas hoje. A proposta de constituição da Rebrast será sintetizada na Oficina, com base em uma discussão interna desenvolvida no âmbito de cada CS, o mais ampla e profundamente possível, elaborando:

O papel do Observatório, dos participantes, suas responsabilidades e prerrogativas, as formas de integração, as prioridades de ação, sua dinâmica e os aspectos orgânicos, éticos e jurídicos;

A criação do Portal Web, suas características, ferramentas, seus limites e possibilidades, as funções mais importantes, os perfis de usuários institucionais e individuais. A 1ª Oficina já irá apresentar um desenho para discussão.

A relação da Rede com o SUS e com todos os serviços de Saúde

A definição do desenho do Observatório será concluída no primeiro ano do projeto.

Todas as contribuições apresentadas e debatidas na 1ª Oficina retornarão para o interior do movimento sindical, gerando oportunidades de incorporar novos segmentos e aprofundar as definições necessárias, a fim de que seja possível concluir a 2ª Oficina com uma ampla convergência de opiniões e contribuições, o que permitirá construir o desenho da Rede, a concepção de sua ação e seu funcionamento, constituindo-se, então, o principal produto deste 1º ano do Projeto.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O BOM PREÇO NÃO APRENDE



Trabalhadores e trabalhadoras com o apoio do SINDSUPER (sindicato dos empregados em supermercados do RN ) fizeram hoje uma manifestação no Bom preço da prudente de morais , cobrando seu direitos trabalhistas , pagamentos atrasados,salário família , vale transportes , carteiras assinada décimo terceiro salário ente outras irregularidade s,empresa esta que presta serviços ao Bom preço (PROSERVISE) com sede em fortaleza ,não tendo nenhum escritório em natal somente um surpevisor , o gerente do Bom preço garantiu que o pagamento seria efetuado amanha , mais um grupa foi a procuradoria do trabalho para denunciar esta empresa caloteira , o Bom preço já viu que tecerizar não dar certo mais continua no erro e o sindicato na cola.